SAÚDE: Conheça o coquetel de anticorpos autorizado pela Anvisa, ontem (20), para tratamento da Covid-19

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Vale lembrar que os medicamentos não serão vendidos em farmácias, sendo aplicados apenas em hospitais para casos leves e moderados da doença

Fonte: Anvisa

O uso emergencial de dois anticorpos monoclonais para o tratamento da Covid-19 foi autorizado, na última terça-feira (20), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os medicamentos são o casirivimabe e o imdevimabe, que devem ser prescritos em conjunto. Os anticorpos só podem ser administrados em hospitais, por aplicação intravenosa, para quadros leves e moderados da Covid-19.

A autorização foi concedida durante a 6ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa.

A diretora da Anvisa e relatora do caso, Meiruze Sousa Freitas, afirmou que essa é mais uma ferramenta que pode ser usada no combate ao coronavírus. “A Anvisa continua comprometida com o avanço da saúde pública no país”, afirmou. “Espero que essa autorização possa ajudar a aliviar a carga do nosso sistema de saúde”, acrescentou a relatora.

“A agência deve usar de todas as vias possíveis para fazer com que novos tratamentos estejam disponíveis para os pacientes o mais rápido possível enquanto continua a estudar a segurança, a eficácia desse tratamento para que seja permitido o registro sanitário”, reforçou.

Eficácia

O casirivimabe e o imdevimabe se tornaram alternativas para o tratamento da Covid-19 após um ensaio clínico com pacientes mostrar redução de internação e consultas de emergência em pacientes com alto risco de progressão da doença, no prazo de 28 dias após o tratamento, na comparação com o placebo.

“A autorização de uso emergencial desse medicamento envolveu uma rigorosa avaliação de dados de ensaios pré-clínicos em fase 1, 2 e 3, bem como dados adicionais das substâncias sobre segurança, eficácia e qualidade, e um plano de gerenciamento de risco”, explicou a diretora Meiruze Sousa Freitas.

Quem pode usar

Os dois anticorpos podem ser administrados em adultos e pacientes pediátricos – com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 quilos – que tenham a doença confirmada por exame laboratorial e alto risco de progredir para quadros graves. Estão incluídas pessoas com 65 anos ou mais com condições médicas crônicas.

Não devem ser usados em pacientes graves que estão internados para tratamento da Covid-19 e precisem de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica. De acordo com a Anvisa, os estudos clínicos apontam que os anticorpos podem provocar desfechos clínicos piores quando usados nesses casos.

O tratamento deve ser iniciado assim que possível após o teste viral positivo e dentro de 10 dias do início dos sintomas, sob prescrição médica. Os anticorpos não são vendidos em farmácia. São efeitos colaterais possíveis febres, calafrios, urticária, coceira, rubor e anafilaxia, que é a reação alérgica aguda.

Uso apenas para tratamento

A Anvisa alerta que esses anticorpos não previnem a doença. Ambos são proteínas feitas em laboratório e que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater, por exemplo, o vírus.

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