Hayalla Maria, de apenas 15 anos, é um dos tesouros da cidade de Inhuma, distante 242 km da capital Teresina (PI). Amante dos desportos, ela é atleta faixa azul do Jiu-jitsu e, em menos de um ano, ela conquistou 5 títulos, sendo 3 no segundo semestre de 2022 e 2 em janeiro de 2023, competindo na categoria acima de 69 kg (16 a 17 anos).
Segundo ela, a inspiração foi vendo filmes de desenhos animados desde pequena. Somente no final de 2019, quando apareceram os projetos envolvendo o esporte, que atleta começou a se dedicar. Em 2020, com chegada da pandemia, os treinos foram paralisados e retornaram apenas ano passado, com projetos sociais financiados pelo executivo municipal e parceiros que apoiam o projeto.
Com um pouco mais de 2 meses de treino, Hayalla participou, sendo sua primeira competição, do Campeonato Piauiense de Jiu-jitsu (2022), em Teresina, e conquistou o primeiro lugar na competição, o que incentivou a mesma a treinar mais intensamente.
Em pouco tempo ela conquistou 5 medalhas na modalidade, incluindo a mais importante de todas que é a “Abu Dhabi AJP Tour North East Brazil”, competição internacional realizada em Fortaleza, sendo sua última edição realizada em janeiro deste ano, onde também venceu em primeiro lugar e se destacou como campeã internacional.
“Pra mim, o Ju-jitsu modificou a minha vida. Quem entra neste esporte fica bem disciplinado, com raciocínio mais rápido […] Você tem que ter uma rotina e aprender a respeitar no geral. Eu treino 4 dias na semana, isso quando meu treinador não adiciona mais um dia, sempre das 19 às 21 horas, exceto quando tem o treino com os graduados que vou até às 22h“, destacou a esportista.
O olhar agora são para as próximas competições que já tem data marcada. Em Abril, veremos nossa estrela no tatame em duas importantes competições. Dia 16 ela participará do Campeonato Piauiense de Jiu-jitsu, em Teresina, e dia 22 do Campeonato Brasileiro de Jiu-jitsu em São Paulo. Para o treinador Elieson, Hayalla foi um exemplo de superação e quebra de paradigmas para participar do esporte.
“No início foi um pouco difícil. Primeiramente tive que conversar com os pais dela para autorizar participar do esporte e falar da importância dele. Eu enxergava muito futuro pra ela, já que ela é muito dedicada na escola e nos treinos. Ela têm talento, muito talento. Em pouco tempo de treino já é muito avançada. Estou aqui na torcida dela nessas próximas competições. Inclusive a última de abril, que é o brasileiro é considerado o campeonato mais difícil do mundo. O mundial fica no Canadá, mas o brasileiro é o mais difícil de todos”, destacou o treinador.
Imagens do treino desta quarta (8), na Academia de Saúde.
