CIÊNCIA: Com apoio do CNPq/MCTI, Universidade Federal de Viçosa desenvolve 3 projetos de vacinas nacionais contra Covid-19

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Projetos da universidade são conduzidos no Laboratório de Imunovirologia Molecular da UFV
Fonte: MCTI/UFV

Por meio da chamada pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), fundação vinculada ao ministério, e Ministério da Saúde, lançada em abril de 2020, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) desenvolve três projetos de vacinas nacionais contra a Covid-19.

Na última semana, uma equipe liderada pelo professor Sérgio Oliveira de Paula, do Departamento de Biologia Geral da UFV, concluiu o desenvolvimento de um VLP (vírus like particle, na sigla em inglês), uma partícula viral que se assemelha ao vírus, que servirá para desenvolver uma nova vacina, criar testes sorológicos para diagnóstico da doenças e estudos sobre o impacto do coronavírus no corpo humano.

O material foi enviado para os laboratórios da Fiocruz de Pernambuco, onde serão conduzidos testes com animais de laboratórios para checar a indução de uma resposta imune capaz de inibir o vírus. A Fiocruz da Bahia também receberá essas VLPs para conduzir estudos sobre a doença. “Embora não tenha o genoma viral, essa partícula possui a capacidade de induzir a resposta imune gerando anticorpos que protegerão os indivíduos de futuras infecções”, afirma o professor Sérgio.

Outros dois projetos também desenvolvidos na universidade utilizam a vacina de febre amarela, incluindo nela a proteína S do Sars-CoV-2 (chamada de quimera vacinal), e um fungo, ao qual é acrescentado a proteína S do vírus. Segundo a universidade, o projeto de VLP é o mais adiantado, sendo que os outros dois devem levar mais seis meses para serem construídos. A etapa seguinte é avaliar a eficácia das vacinas em animais de laboratórios, finalizando assim a fase pré-clínica

Segundo o professor Sérgio, os projetos desenvolvidos na UFV são promissores e cada tipo de vacina tem potencial para usos diferentes. Ele destaca ainda que a tecnologia nacional, além do menor custo, pode ser desenvolvida para lidar com possíveis mutações do vírus, e reforçarão a oferta de imunizantes contra a Covid-19. “O Brasil é uma das maiores referências mundiais em produção de vacina e pode contribuir muito com o esforço mundial de desenvolvimento dessas vacinas contra novas doenças que tendem a aparecer com uma certa frequência a partir do momento em que há um desequilíbrio ambiental planetário”, afirmou ele.

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